Sumário
- O que é PEI na prática e por que a participação da família é essencial
- Diferenças entre o PEI e o currículo tradicional
- 7 soluções reais para mães acompanharem a educação dos filhos
- Exemplos de metas e estratégias no PEI
- Por que o envolvimento familiar transforma o processo educativo
- Dicas práticas para acompanhar o plano durante o ano
- Conclusão inspiradora e recursos extras para as famílias
Introdução: O que é PEI na Prática e Por Que as Mães Precisam se Envolver?
PEI na prática é mais do que um documento pedagógico: é uma ponte entre a escola, a família e as necessidades reais de cada criança. O Plano de Ensino Individualizado (PEI) é uma ferramenta prevista nas diretrizes da educação inclusiva no Brasil, que busca garantir o direito à aprendizagem de estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento ou altas habilidades, respeitando suas singularidades.
Embora o PEI seja elaborado principalmente pela equipe pedagógica, ele só se torna realmente eficaz quando a família participa ativamente do processo. O envolvimento dos pais, especialmente das mães — que, em muitos casos, são as principais cuidadoras —, fortalece a comunicação entre casa e escola, além de tornar as metas do plano mais próximas da realidade da criança.
Neste artigo, vamos apresentar 7 soluções práticas e acessíveis para que mães possam acompanhar com mais segurança e clareza a jornada educacional de seus filhos por meio do PEI. As sugestões foram pensadas para o dia a dia, considerando os desafios reais das famílias e a importância de construir uma parceria verdadeira com a escola.
🧠 Compreendendo o PEI na Prática — Fundamentos e Objetivos
Antes de aplicar estratégias e acompanhar de perto o desenvolvimento escolar de uma criança com necessidades específicas, é fundamental entender o que é o PEI na prática. Compreender os seus fundamentos legais, suas diferenças em relação ao currículo comum e o papel das famílias nesse processo garante que o plano seja realmente eficaz e justo.
📜 O que diz a legislação brasileira sobre o PEI?
O Plano de Ensino Individualizado (PEI) é respaldado por diversos documentos legais da educação brasileira. Sua aplicação está diretamente ligada ao direito à educação inclusiva, prevista na Constituição Federal, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, Lei nº 9.394/96) e na Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, lançada em 2008.
Essas diretrizes estabelecem que toda criança tem direito a um ensino que respeite seu ritmo, suas capacidades e suas formas de aprender. O PEI surge justamente como uma ferramenta para garantir esse direito, por meio da personalização de metas, estratégias e formas de avaliação.
Principais funções do PEI segundo a legislação:
- Identificar as necessidades específicas do estudante.
- Propor metas realistas e alcançáveis, respeitando o nível de desenvolvimento.
- Estabelecer estratégias de ensino e suporte pedagógico individualizado.
- Avaliar o progresso do aluno de forma justa, considerando seu percurso único.
⚖️ Diferença entre PEI e currículo escolar regular
Um dos equívocos mais comuns é pensar que o PEI é um benefício extra ou um privilégio. Na verdade, trata-se de um recurso de equidade pedagógica, ou seja, uma forma de garantir igualdade de oportunidades educacionais para crianças que enfrentam barreiras na aprendizagem.
Veja a comparação abaixo:
Aspecto | Currículo Regular | PEI (Plano de Ensino Individualizado) |
Base pedagógica | Segue a proposta curricular comum da escola | Segue o currículo adaptado às necessidades do aluno |
Metas | Iguais para todos os alunos | Personalizadas, respeitando o ritmo e potencial |
Avaliação | Padronizada | Individualizada e adaptada |
Estratégias de ensino | Método geral para a turma | Estratégias específicas e recursos de apoio |
🔍 Dica para mães: Se o seu filho tem um PEI, isso não significa que ele está recebendo menos conteúdo — significa que ele está recebendo o conteúdo de uma forma que ele consiga compreender e se desenvolver.
🤝 O papel da escola e da família na construção conjunta do PEI
O sucesso do PEI não depende apenas da escola. Família e educadores precisam caminhar juntos. Essa ideia é chamada de corresponsabilidade educativa — quando todos os envolvidos participam ativamente da construção do plano e do processo de aprendizagem.
Coautoria no PEI: o que significa na prática?
- Famílias compartilham informações valiosas sobre a criança (hábitos, preferências, dificuldades em casa).
- Educadores ajustam estratégias com base nessas informações, tornando o plano mais eficaz.
- Reuniões, registros e avaliações contam com a presença e o olhar da família.
💡 Dica prática: Durante as reuniões escolares, pergunte sobre:
- Como foram definidas as metas do PEI;
- Se há espaço para adaptar estratégias ao ambiente familiar;
- Como a escola pretende avaliar o progresso do seu filho.
Esse diálogo aberto evita que o PEI seja apenas um papel arquivado e o transforma em uma ferramenta viva, útil e cheia de sentido.
🧩 PEI na Prática — 7 Soluções Reais para Mães Acompanharem a Educação dos Filhos
Participar da construção e acompanhamento do PEI na prática é uma das formas mais eficazes de garantir que o desenvolvimento do seu filho aconteça de maneira respeitosa, eficiente e alinhada às suas necessidades. A seguir, apresentamos sete estratégias reais e acessíveis para mães que desejam estar presentes nesse processo.
1️⃣ Solicite e leia o PEI com atenção (e pergunte sem medo!)
O primeiro passo é ter acesso ao documento do PEI. Muitas vezes, ele é elaborado sem que a família o veja detalhadamente. Você tem o direito de solicitá-lo.
Como pedir:
- Envie uma mensagem ou bilhete para a escola solicitando uma cópia do PEI.
- Marque uma reunião com a professora regente ou com o coordenador pedagógico para discutir o plano.
O que observar no PEI:
- Metas: São realistas e compatíveis com as capacidades do seu filho?
- Estratégias de ensino: Há recursos adaptados ou apoio especializado descrito?
- Avaliação: Está claro como o progresso será acompanhado?
💬 Dica prática: Leve um caderno para anotar dúvidas durante a leitura do PEI. Isso facilita na hora de conversar com a escola e mostra seu interesse real no processo.
2️⃣ Mantenha um canal de comunicação regular com a equipe pedagógica
Acompanhar o desenvolvimento escolar exige uma comunicação constante com os profissionais envolvidos.
Exemplos de boas práticas:
- Agenda escolar adaptada: um espaço para registros do dia e recados personalizados.
- Grupos de mensagens (WhatsApp, por exemplo): com respeito e foco pedagógico.
- Reuniões bimestrais: presenciais ou online, para ajustes e escuta mútua.
Como dar feedbacks construtivos:
- Comece destacando o que tem funcionado.
- Sugira mudanças com base na vivência familiar.
- Use frases como: “Percebi que…” ou “Gostaria de entender melhor como…”
🗣️ A comunicação frequente evita mal-entendidos e fortalece o vínculo escola-família, transformando o PEI em um instrumento realmente colaborativo.
3️⃣ Ajude a escola com informações sobre seu filho
Você é a pessoa que mais conhece seu filho. Compartilhar esse conhecimento é essencial para que o PEI seja eficaz.
Como montar um “perfil do estudante”:
Monte um pequeno documento com informações como:
- Preferências e aversões (sons, sabores, ambientes).
- Como ele reage a mudanças na rotina.
- Estratégias que funcionam em casa para acalmá-lo ou motivá-lo.
Por que isso ajuda?
- O perfil personalizado evita tentativas frustradas de estratégias que não funcionam.
- Permite que os professores criem um ambiente mais acolhedor e responsivo.
✍️ Dica: Você pode montar esse perfil em tópicos ou em formato de carta. O importante é que seja claro e sincero.
4️⃣ Reforce as metas do PEI em casa, com leveza
A aprendizagem não acontece só na escola. Trazer os objetivos do PEI para dentro de casa, de forma natural, fortalece o desenvolvimento da criança.
Como fazer isso:
- Transforme metas pedagógicas em atividades do dia a dia.
- Use histórias, músicas, brincadeiras e situações reais para reforçar conteúdos.
Exemplo prático:
Meta do PEI | Atividade em casa |
Nomear objetos do cotidiano | Jogo de adivinha com utensílios de cozinha |
Ampliar vocabulário oral | Brincar de teatro de fantoches |
Trabalhar rotina | Quadro de tarefas com imagens simples |
🎯 Importante: Evite excesso de cobranças. A ideia é reforçar com afeto, não transformar a casa em uma sala de aula.
5️⃣ Participe das reuniões de avaliação e revisão do PEI

O PEI é um plano dinâmico, que deve ser revisado periodicamente. Participar das reuniões de avaliação é sua oportunidade de garantir que ele esteja realmente atendendo às necessidades do seu filho.
O que observar nessas reuniões:
- As metas estão sendo cumpridas?
- O comportamento e desenvolvimento da criança mudaram?
- Novos recursos ou ajustes são necessários?
Como se posicionar:
- Leve anotações sobre o que tem observado em casa.
- Questione com gentileza, mas firmeza.
- Pergunte se a criança está sendo ouvida na construção do plano.
🔁 Dica: Marque no calendário as datas previstas de revisão do PEI e se prepare com antecedência.
6️⃣ Busque apoio profissional quando necessário
Muitas vezes, os desafios enfrentados pela criança exigem o olhar de outros profissionais. A articulação entre escola, família e especialistas externos pode fazer toda a diferença.
Quando buscar ajuda:
- Se houver estagnação ou regressão no desenvolvimento.
- Dificuldades comportamentais que afetam a aprendizagem.
- Necessidade de laudos ou avaliações complementares.
Profissionais que podem ajudar:
- Psicopedagogo
- Terapeuta ocupacional
- Fonoaudiólogo
- Psicólogo infantil
🤝 Lembre-se: o PEI pode (e deve) dialogar com os atendimentos terapêuticos. Compartilhe estratégias e metas entre todos os envolvidos.
7️⃣ Crie uma rede de apoio com outras famílias
Compartilhar experiências com outras mães que passam por situações parecidas pode ser libertador.
Como construir essa rede:
- Participe de grupos online de famílias ativas na educação inclusiva.
- Converse com outras mães na porta da escola.
- Participe de eventos, oficinas e encontros temáticos.
Benefícios da rede de apoio:
- Troca de informações sobre direitos, estratégias e recursos.
- Apoio emocional em momentos difíceis.
- Sensação de pertencimento e acolhimento.
🌱 Dica de ouro: Empoderar-se é mais leve quando estamos em rede. E o PEI se fortalece quando a família não está sozinha na caminhada.
🎯 Exemplos de Metas e Estratégias Adaptadas no PEI na Prática
Esta seção mostrará casos fictícios ilustrativos, com exemplos de metas personalizadas e estratégias adaptadas, de forma clara e útil para mães e educadores. O objetivo é tornar o PEI na prática mais compreensível e aplicável ao dia a dia.
🎯 Exemplos de Metas e Estratégias Adaptadas no PEI na Prática
Entender como o PEI na prática funciona vai além da teoria. Observar exemplos reais — mesmo que fictícios — ajuda mães e professores a visualizar como o plano pode ser aplicado e ajustado à realidade da criança. Abaixo, você confere três situações inspiradas em contextos comuns, com metas claras e estratégias adaptadas.
👦 Caso 1: Arthur, 6 anos — Autismo (nível 1), verbal, com dificuldades de socialização
Objetivo pedagógico geral: Melhorar a interação com os colegas durante atividades em grupo.
📝 Meta no PEI:
“Participar de pelo menos 1 atividade coletiva por semana interagindo com ao menos um colega de forma verbal ou não verbal (apontar, sorrir, dividir material).”
🛠 Estratégias:
- Criação de duplas fixas nas atividades, com colegas previamente orientados.
- Utilização de cartões de comunicação visual para facilitar a interação.
- Registro semanal com observações do professor e da família.
📌 Dica para a mãe:
Reforçar em casa com brincadeiras simbólicas (ex: teatro de bonecos, jogos de faz de conta com personagens que interagem entre si).
👧 Caso 2: Lívia, 8 anos — Dislexia, em fase de alfabetização
Objetivo pedagógico geral: Desenvolver consciência fonológica e leitura de palavras simples.
📝 Meta no PEI:
“Reconhecer e nomear 10 palavras do cotidiano com apoio de pistas visuais e sonoras, ao longo do trimestre.”
🛠 Estratégias:
- Cartazes com palavras e imagens associadas (ex: casa, bola, sapato).
- Leitura compartilhada com o professor, destacando as sílabas.
- Aplicativos com jogos de letras e sons (aprovados pela escola).
📌 Dica para a mãe:
Criar um quadro de palavras na cozinha com ímãs de geladeira e estimular a leitura em momentos espontâneos.
👦 Caso 3: Rafael, 10 anos — TDAH, com impulsividade e dificuldade de manter o foco
Objetivo pedagógico geral: Aumentar o tempo de permanência em atividades escolares com redução de comportamentos de fuga.
📝 Meta no PEI:
“Permanecer engajado em atividades propostas por, no mínimo, 15 minutos contínuos, em 3 momentos da semana.”
🛠 Estratégias:
- Divisão da atividade em etapas pequenas com recompensas imediatas.
- Uso de temporizador visual (relógio colorido ou aplicativo).
- Escolha prévia de atividades preferidas para o início do dia.
📌 Dica para a mãe:
Estabelecer rotinas visuais em casa com um quadro de horários simples e recompensas afetivas (ex: “Tempo do desenho” depois de concluir uma tarefa).
🧩 Tabela-resumo das metas e estratégias
Nome fictício | Desafio principal | Meta do PEI | Estratégias em sala | Sugestão para casa |
Arthur | Socialização no autismo | Interagir com colegas em atividade coletiva | Duplas fixas, cartões visuais | Brincadeiras com personagens |
Lívia | Alfabetização na dislexia | Reconhecer 10 palavras com apoio visual e sonoro | Cartazes, leitura guiada, apps | Quadro de palavras na cozinha |
Rafael | Foco no TDAH | Permanecer 15 min engajado 3x por semana | Etapas curtas, temporizador | Quadro de rotina com recompensas leves |
📣 Importante: Toda meta precisa ser mensurável, específica, realista e temporal. Além disso, deve ser constantemente revisada em parceria com a família, conforme os avanços e desafios da criança.
📚 Fundamentação Científica: Por Que o Envolvimento Familiar Faz Diferença
O sucesso do PEI na prática não depende apenas do trabalho pedagógico dentro da escola. Diversas evidências científicas mostram que o envolvimento da família é uma peça-chave no desenvolvimento global da criança, especialmente quando ela apresenta necessidades educacionais específicas.
🧪 Estudos que reforçam a importância da família no desenvolvimento educacional
Pesquisas nacionais e internacionais apontam que famílias envolvidas ativamente no percurso escolar dos filhos favorecem o desempenho acadêmico, o bem-estar emocional e a permanência na escola. Um dos maiores nomes nesse campo é Joyce Epstein, da Universidade Johns Hopkins (EUA), que propôs um modelo com seis tipos de envolvimento familiar que impactam positivamente a trajetória escolar da criança.
📌 Principais benefícios comprovados:
- Melhor rendimento escolar, com progresso mais consistente nas metas.
- Maior autoestima e autoconfiança da criança, ao perceber o apoio familiar.
- Redução da evasão escolar e aumento da participação em atividades extracurriculares.
- Maior cooperação com professores e adaptação mais fácil às rotinas pedagógicas.
Estes dados são confirmados também por organismos como a UNESCO, que destaca a corresponsabilidade entre família, escola e comunidade como um dos pilares da educação inclusiva de qualidade.

💡 Quando a mãe entende e acompanha o PEI, ela deixa de ser apenas “mãe de aluno” e se torna agente ativa na jornada pedagógica do seu filho.
🧠 A neurociência da aprendizagem e o papel do afeto
A ciência do cérebro também confirma: nenhum aprendizado acontece sem vínculo emocional. O desenvolvimento cognitivo de uma criança está diretamente ligado às suas experiências afetivas.
Como isso funciona no cérebro:
- O sistema límbico, responsável pelas emoções, está conectado às áreas de memória e atenção. Isso significa que uma criança só aprende bem se se sente segura e acolhida.
- Ambientes familiares marcados por rotina, previsibilidade e carinho criam um solo fértil para o cérebro aprender — especialmente em crianças com desafios neurodiversos, como TDAH, TEA ou dislexia.
Exemplos práticos:
- Uma criança que sente apoio em casa tende a assumir mais riscos cognitivos, ou seja, tentar resolver problemas mesmo com medo de errar.
- O afeto contínuo ajuda a regular as emoções, o que melhora o comportamento e facilita o foco.
📣 Resumo da neurociência aplicada ao PEI: o plano individualizado pode ter excelentes metas e estratégias, mas se a criança estiver emocionalmente desamparada, a aprendizagem será comprometida.
O envolvimento da família é mais do que uma sugestão pedagógica — é uma exigência baseada em evidências. Quando mães e responsáveis conhecem, participam e contribuem com o PEI, as chances de sucesso aumentam significativamente. Afinal, como mostram a pesquisa e a neurociência, o desenvolvimento integral depende tanto da razão quanto da emoção.
💡 Dicas Práticas para Manter o Acompanhamento ao Longo do Ano
Acompanhar o PEI na prática de forma contínua não precisa ser complicado nem tomar muito tempo. O segredo está na organização simples e no comprometimento semanal, com foco em observações relevantes, registros objetivos e conversas acolhedoras com a criança. Quando as mães mantêm uma rotina leve e funcional de acompanhamento, o PEI deixa de ser apenas um documento escolar e se transforma em uma ferramenta viva de apoio ao desenvolvimento.
📔 Faça um caderno ou aplicativo de anotações sobre o progresso do filho
Manter registros frequentes ajuda a identificar o que está funcionando e o que precisa de ajustes. Não precisa ser algo técnico: anotar pequenas conquistas, dificuldades percebidas ou reações da criança em determinadas atividades já é suficiente para alimentar futuras reuniões com dados reais.
📌 Sugestões do que anotar:
- Reações diante de atividades escolares adaptadas.
- Mudanças de humor ou comportamento.
- Conquistas, mesmo que pequenas (ex: conseguiu organizar o material sozinho).
- Dúvidas sobre as metas do PEI.
📝 Dica: Use um caderno com divisórias ou apps como Google Keep, Evernote ou Notion para organizar os registros por mês ou por tipo de habilidade.
📅 Use um planner para registrar datas importantes do PEI na prática
A organização das etapas do PEI (como reuniões, reavaliações, prazos de metas) é essencial para garantir que a família participe de forma ativa. Ter um planner escolar-familiar — seja físico ou digital — evita esquecimentos e facilita a participação em momentos decisivos da vida escolar da criança.
Exemplos de datas a acompanhar:
Tipo de evento | Exemplo de anotação |
Início do ano letivo | Verificar se PEI já foi elaborado |
Primeira reunião pedagógica | Participar, levar observações |
Avaliação intermediária do PEI | Comparar com registros familiares |
Encontros com terapeutas externos | Ver se estão alinhados ao PEI |
🎯 Dica: Se preferir algo digital, use Google Agenda com notificações automáticas.
🕒 Separe 15 minutos por semana para revisar metas e conversar com o filho
Mesmo com a rotina corrida, um momento fixo na semana dedicado ao acompanhamento pode fazer uma grande diferença. Não é necessário transformar isso em uma obrigação pesada: o foco é criar um momento de escuta e de observação, com afeto.
O que fazer nesses 15 minutos?
- Perguntar sobre o que a criança aprendeu ou gostou na escola.
- Observar se ela está usando alguma estratégia prevista no PEI.
- Propor uma pequena atividade ou conversa relacionada a alguma meta atual.
💬 Exemplo: “Hoje você brincou com alguém diferente na escola?”, ou “Vamos ver aquele joguinho de palavras da última vez?”
📌 Quadro-resumo para rotina de acompanhamento: PEI na prática
Ação semanal | Tempo estimado | Ferramenta sugerida |
Anotar observações no caderno/app | 5 minutos | Notion, caderno simples |
Conferir o planner | 2 minutos | Planner físico ou digital |
Conversar com a criança | 8 minutos | Roda de conversa, jogo |
Total: | 15 minutos |
⏳ Com apenas 15 minutos por semana, é possível manter um vínculo efetivo com o PEI, apoiar o desenvolvimento do filho e estar pronta para dialogar com a escola de forma ativa, informada e colaborativa.
🤝 Conclusão — O PEI na Prática é uma Parceria, Não um Documento Engavetado
O PEI na prática só cumpre seu propósito quando se transforma em uma ponte real entre a escola, a família e os sonhos de cada criança. Ele não é um papel burocrático, nem um “favor” da escola — é um direito educacional garantido por lei, construído com base em valores como equidade, respeito e singularidade.

Ao longo deste artigo, vimos 7 soluções reais para que mães possam se tornar participantes ativas no acompanhamento escolar de seus filhos com necessidades específicas:
📋 Recapitulando as 7 soluções:
- Solicite e leia o PEI com atenção.
- Mantenha diálogo frequente com a equipe pedagógica.
- Compartilhe informações valiosas sobre seu filho.
- Reforce em casa, com leveza, as metas do plano.
- Participe das reuniões de avaliação do PEI.
- Busque apoio profissional quando necessário.
- Construa e mantenha uma rede de apoio.
Essas ações não exigem perfeição, mas sim presença, escuta e curiosidade genuína sobre o processo educativo. Participar ativamente não significa dominar termos técnicos ou entender tudo de pedagogia. Significa estar ali, ao lado do filho, com atenção e cuidado, fazendo perguntas, levantando dúvidas e celebrando conquistas.
💬 Quando a mãe acompanha o PEI, ela envia uma mensagem silenciosa, porém poderosa: “Eu acredito em você. E estou aqui para te ajudar a crescer”.
💡 Um convite ao empoderamento materno
A educação inclusiva de verdade é construída com os pés no chão e o coração aberto. Seu olhar atento pode apontar caminhos que ninguém mais vê. Sua presença nas reuniões pode trazer dados que ajudam a personalizar ainda mais o plano. Sua escuta em casa pode ser a chave para que seu filho se sinta capaz e confiante.
✨ Você não está sozinha, e seu olhar transforma trajetórias.
Continue buscando, perguntando, insistindo. A cada pequena ação, você contribui para uma escola mais humana, acessível e justa — não só para seu filho, mas para todas as crianças.
🔗 Recursos Extras para Baixar ou Compartilhar
Para facilitar o acompanhamento do PEI na prática e transformar informação em ação, separamos alguns materiais práticos e gratuitos que você pode baixar, imprimir ou enviar para outras famílias e educadores. Esses recursos foram pensados para tornar o processo de acompanhamento mais leve, acessível e participativo.
✅ Checklist gratuito: “O que observar no PEI do seu filho?”
Um guia rápido e objetivo com os principais pontos que toda mãe ou responsável deve verificar no plano:
- O plano foi elaborado com base em laudos, observações e vivências reais da criança?
- As metas são claras, específicas e atingíveis?
- Há definição de quem será responsável por cada estratégia?
- Os critérios de avaliação são coerentes com o perfil do aluno?
✉️ Modelo de carta para solicitar o PEI à escola
Nem sempre é fácil saber como pedir formalmente o PEI. Por isso, oferecemos um modelo de solicitação adaptável, que pode ser usado por mães, pais ou responsáveis em qualquer etapa do ano letivo.
Trecho do modelo:
“Venho por meio deste solicitar, com base na legislação vigente da Educação Inclusiva, o Plano de Ensino Individualizado (PEI) referente ao(a) estudante [nome da criança], a fim de acompanhar e contribuir com o desenvolvimento escolar, conforme direito assegurado.”
🔗 Links úteis para legislação e orientações pedagógicas
Abaixo estão alguns links confiáveis que ajudam a aprofundar o conhecimento sobre o PEI e os direitos das crianças com necessidades específicas:
Tema | Link sugerido |
Política Nacional de Educação Especial | gov.br/mec |
LDB (Lei de Diretrizes e Bases) | planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm |
Cartilha sobre o PEI (MEC) | portal.mec.gov.br |
Direitos da pessoa com deficiência | inclusao.gov.br |
ARTIGOS:
Espectro autista na escola: 6 estratégias para a inclusão respeitosa
8 Razões que Tornam a Unicamp Exemplo de Inclusão
💡 Compartilhe com outras famílias ou profissionais que também buscam se informar e se envolver.
🤲 Finalizando com acolhimento
Transformar o PEI em prática é um processo contínuo, e ter bons recursos nas mãos facilita o caminho. Guarde esses materiais, compartilhe com quem precisa e retorne a este blog sempre que quiser renovar seus conhecimentos — ou apenas encontrar apoio.

Sou formado em Licenciatura em História e Geografia, com Mestrado em Ensino e Especialização em Psicopedagogia e Educação Especial. Com mais de 15 anos de experiência como docente, sou também mãe de duas meninas. Acredito no poder da educação para transformar e apoiar o desenvolvimento das pessoas.